terça-feira, 27 de julho de 2010

Do lado de fora

Como o ser humano vive das aspirações, das motivações e das emoções para se inspirarem... eles assim tão complexos, tão necessitados do externo, do que não lhes cabe no interior, que precisa de alguma forma ser preenchido. Que tanta necessidade de ver no outro o outro lado do próprio ser?! No fundo é tudo baseado no outro, claro, ninguém vive pra si, que pessoa egoísta seria essa. Acho que apenas psicopatas não pensam no que se encontra ao redor; bem, eles não ligam para o que a sociedade pensa; bem, eles vivem sozinhos em si mesmos, o que não deixa de ser chato e até perigoso.
Então o que fazer com esses seres tão frágeis?! Quebram à toa, são traumas tão pequenos, mas tão transformadores, mudaram tanto de sua forma original, o que fazer com todos eles?! São muitos. Talvez tivesse sido melhor despejá-los em alguma vala e esperar que eles mesmo se matassem na solidão, isso faria todo sentido, se não fossem eles tão importantes no cumprimento dos propósitos, afinal, o que seriam dessas formigas se não fosse o propósito destinado a elas?! Elas fazem parte de um plano, claro, ou as imperfeições de tal obra não seriam assim tão escrachadas pela própria vida, não faria sentido. Sentido, outra coisa da qual os filhos de Adão, como de algum jeito foram chamados, não entendem, não sabem nem o que é. Sentido não é só o que se sente, é a expressão do que se sente, a atitude de quem sente, é justamente o propósito, que também é imconpreensível a essas cabeças tão duras.
Ah, se eles soubessem o que tá por aí, às vezes tão perto, às vezes tão longe, mas está tudo aí, ao redor, tá tudo no centro, da Terra, da praça ou do coração, tanto faz, já que o centro maior é o que consegue criar propósito, os externos só podem ver, ou não, e entender, ou não, e fazer parte, ou não, isso depende uns dos outros, porque, as pessoas não percebem as coisas próprias sozinhas, apesar tão bem perceberem aos companheiros de rotina, de vida, de rua. Os homens são externos, por mais que queiram buscar o interior, necessitam desesperadamente de ajuda; agora, a ajuda tá aí, o centro tá aí, como uma caixa cheia de propósitos, talvez enigmáticos, mas totalmente praticáveis.
Depois de tudo, não deve ser tão difícil ver o propósito no exterior, no que não se enxerga dentro. O sentido não se limita, não forma psicopatas, forma esses seres patéticos, assustados, traumatizados e amados. forma o homem.